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Sobre mulheres e pontes

Espaço Cultural Murat Valadares recebe exposição que assemelha pontes à essência feminina

Gabriela Chabalgoity/LS | Ed. 97 março 2019

“Mulheres são como pontes. Por onde passam parece existir uma ligação. (...) Ligam as pontas ao meio e o meio ao fim”. Foi a partir desse pensamento que a artista Mari Lasta criou a exposição “Mulheres: como as pontes, somos caminhos para a vida”, recebida no Tribunal Regional Federal da 1ª Região no mês de março.

Como forma de homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, o Espaço Cultural Murat Valadares foi ornado com pinturas da artista que fazem analogia entre a força da mulher e a das pontes.

Assim como essas construções que ligam um local ao outro, as mulheres “estão sempre prontas para desempenharem atividades sem nunca se cansarem. São capazes de fazer ligações no casamento, com um filho, com o pai e com amigos sem dificuldade nenhuma, como se fossem, desde sempre, treinadas pra isso”, afirma Mari.

Natural do Pará, a pintora atua no universo das artes plásticas há dezesseis anos e participou de importantes eventos nacionais de artes visuais, realizou onze exposições individuais e dezenas de amostras coletivas. Além disso, ela faz parte dos Associados Fundadores da Associação Candanga de Artistas Visuais de Brasília desde a fundação da instituição.

Aos 25 anos de idade, Mari visitou o Museu de Arte de São Paulo (MASP), onde despertou seu interesse primário pela arte. Sempre teve vontade de cursar faculdade de Artes, mas, como trabalhava durante o dia, era improvável que conseguisse conciliar os horários, optando por fazer Administração com ênfase em Análise de Sistemas.

Depois de alguns anos, ela conheceu um artista plástico com quem se casou e de quem vem recebendo grande incentivo. Iniciou sua carreira com a técnica de pintura espatulada ao frequentar um ateliê em Brasília, cidade para onde se mudou em 2003.

Certo dia, após pintar uma ponte europeia, seu marido questionou por que não retratar as pontes brasileiras, e foi daí que partiram os primeiros quadros para a exposição. Segundo a artista, esse trabalho é uma parte fundamental de sua carreira de maneira a ser considerado um marco em sua história: “existe o antes das pontes e o agora”, declara Mari Lasta.

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