top of page
logo-pje-positiva.png

Avanço digital

Mais de dois milhões de processos da Justiça Federal da 1ª Região já tramitam pelo sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe)

Larissa Santos    | Ed. 115 Novembro 2020

A tecnologia tem sido uma das grandes aliadas do Tribunal Regional Federal da 1ª Região para o aumento da produtividade e para a celeridade processual.

Inciativas como a digitalização de processos físicos e a criação de ferramenta de Inteligência Artificial, implementadas na Justiça Federal da 1ª Região a partir de 2019, reafirmam o compromisso do órgão com a qualidade e a eficiência na prestação jurisdicional.

Com o andamento do Projeto de Transformação Digital, por exemplo, os autos físicos têm se tornado eletrônicos e, portanto, passam a tramitar no sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe), fazendo-se acessíveis de qualquer lugar do planeta, 24 horas por dia, sete dias por semana.

Atualmente, dos 3,9 milhões de processos de 1ª e 2ª instâncias da JF1, mais de 2,1 milhões – entre processos migrados e novos – tramitam pelo PJe, o que corresponde a aproximadamente 54% do total de autos.

Em novembro de 2020, foi a primeira vez que o quantitativo de processos em tramitação no PJe ultrapassou o de todos os outros sistemas juntos. Em 2015, quando o PJe foi lançado, tramitavam quase 3,3 milhões de processos em outros sistemas, enquanto no PJe havia 11 mil. Já em 2020, o sistema eletrônico contabiliza 2,1 milhões de autos e 1,8 milhão de processos estão hospedados nos outros sistemas.

Gráfico PJe x Outros Sistemas.JPG

GRÁFICO PJE X OUTROS SISTEMAS

Somente no TRF1, o percentual de processos eletrônicos já se aproxima dos 100%, sendo que mais de 45% correspondem aos migrados do físico para o digital. São quase 260 mil migrados, 220 mil ingressados diretamente pelo PJe e 85 mil que tramitam nos demais sistemas – Juris e e-Jur.

Das unidades judiciárias de 2ª instância, o gabinete da Vice-Presidência foi o que migrou o maior número de processos para o PJe, somando mais de 23,5 mil autos. Considerando que 9,5 mil processos já ingressaram pelo sistema eletrônico, a unidade conta com 33 mil autos que tramitam pelo PJe.

O gabinete do desembargador federal Novély Vilanova é o que mais se aproxima de alcançar os 100%. Dos 24 mil processos, 15,5 mil foram migrados, 8 mil ingressaram diretamente no PJe e 428 tramitam em outros sistemas. Com isso, 98,2% do acervo do gabinete já tramita pelo Processo Judicial Eletrônico.

Em se tratando das Seções Judiciárias, Amapá lidera a quantidade de autos eletrônicos em tramitação no PJe, com quase 63%, seguido por Rondônia e Tocantins, com 61% cada, e Acre, com 59%.

Porém, das 14 seccionais, Minas Gerais é a que contabiliza maior quantidade de processos migrados para o PJe – sejam eles de origem física ou de outros sistemas. Ao todo, são quase 410 mil autos em tramitação pelo PJe da Seccional, sendo que 128 mil deles foram migrados.

Entre as varas federais de 1ª instância, a unidade com maior número de processos migrados é a 11ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), com 22,5 mil autos digitalizados e/ou transferidos para o PJe.

Confira no gráfico abaixo o desempenho do TRF1 e das Seções Judiciárias da 1ª Região quanto à digitalização e à migração de processos para o PJe. Os dados podem ser acompanhados em tempo real no portal do TRF1.

Gráfico PJeômetro.JPG

GRÁFICO PJEÔMETRO

Acervo 100% digital

A Primeira Região tem, atualmente, 27 unidades – entre gabinetes, varas federais, centros de conciliação e juizados especiais federais – com o acervo totalmente digital.  

A 4ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia (SJBA), por exemplo, foi a primeira vara a se tornar 100% digital. A unidade concluiu a digitalização e a migração de todos os processos, suspensos ou não, em 16 de setembro, totalizando seis meses de trabalho.

Segundo a diretora de Secretaria da 4ª Vara, Manuela Affonso Ferreira Maciel, o trabalho de digitalização contou com dois scanners, sendo um emprestado pela 3ª Vara Federal, e três servidores, que assumiram a missão de digitalizar os autos, organizar os arquivos e migrar para o PJe.

Na 4ª Vara baiana, atualmente, tramitam mais de 1,7 mil processos, dos quais cerca de 380 foram digitalizados/migrados (o que corresponde a aproximadamente 22% do total) e mais de 1,3 mil foram ingressados diretamente pelo PJe (78%).

A 2ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso (SJMT) também está entre as unidades que já contam com o acervo de processos 100% digital. Em novembro, após 10 meses de trabalho, a equipe passou a contar com mais de 3,6 mil processos eletrônicos, sendo quase mil processos migrados (27%) e cerca de 2,6 mil ingressados diretamente pelo PJe (73%).

De acordo com o diretor de Secretaria da unidade, Dovair Carmon Cogo, a equipe, composta por seis servidores e um estagiário – que revezaram entre a digitalização/migração e as atividades da Vara –, utilizou três scanners e aplicativos de celulares para digitalizar mapas e documentos de dimensões ou qualidade incompatíveis com os scanners.

Na migração, foram priorizados processos conclusos e que envolvem a tutela coletiva de direitos e também ações civis públicas, populares, de improbidade administrativa e relacionadas a interesses metaindividuais, além de mandados de segurança coletivos e autos requisitados durante o Plantão Extraordinário.

Benefícios – Com a digitalização e a migração para o PJe, na 4ª Vara de Salvador, na 2ª Vara de Cuiabá e nas outras unidades com acervo eletrônico não existe mais a necessidade de gerir processos físicos ou pelo sistema e-Jur, utilizados antes da migração, tornando o trabalho mais célere.

Manuela Affonso Ferreira Maciel ressalta que a tramitação dos processos unicamente pelo PJe na 4ª Vara Federal de Salvador facilitou a administração da unidade e trouxe maior agilidade e rapidez à prestação de serviços jurisdicionais.

“Os trabalhos burocráticos foram reduzidos substancialmente, porque o sistema PJe tornou procedimentos como intimações, juntada de petições e corrimento de prazos mais rápidos e ágeis”, afirmou a diretora de Secretaria.

Dovair Carmon Cogo enfatizou que a 2ª Vara Federal de Cuiabá identificou benefícios como: diminuição do comparecimento de advogados no balcão de atendimento da Vara; agilidade nas rotinas de citações, intimações e notificações; maior celeridade na tramitação e no julgamento das ações e possibilidade de trabalho remoto.

Além das vantagens citadas pelos diretores de Secretaria das unidades 100% digitais, segundo o diretor do Núcleo Regional de Apoio ao Processo Judicial Eletrônico (Nupje), Andrey Leonardo Lima e Silva, a digitalização/migração para o PJe traz benefícios como:  

  • Realização de atos de comunicação processual de forma eletrônica e simultânea sem necessidade de carga dos autos ou comparecimento de partes e advogados ao juízo;  

  • Lançamento automático da maioria das movimentações processuais;  

  • Imediata juntada de documentos nos autos judiciais e distribuição livre e automática de processos, com imediata indicação de número e órgão processante atribuídos;

  • Padronização do cadastro de pessoas físicas e jurídicas no âmbito da 1ª Região;  

  • Redistribuição de processos em tempo real entre órgãos processantes, sejam ou não da mesma Seção ou Subseção Judiciária;  

  • Realização de tarefas simultâneas pelos diversos atores envolvidos na tramitação processual e controle automático de prazos de atos de comunicação processual.

Do ponto de vista do jurisdicionado, além da celeridade na apreciação de ações, a migração também permite que o processo esteja disponível ininterruptamente via internet, podendo ser acessado de qualquer lugar do mundo a qualquer hora do dia ou da noite, sem a necessidade de deslocamento até as sedes da Justiça Federal.

Ao adotar iniciativas como essa, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região tem buscado aproximar, cada vez mais, a Justiça Federal daqueles que dela necessitam, fazendo jus à missão de oferecer uma prestação jurisdicional mais célere e efetiva ao cidadão.

bottom of page