ALERTA AMARELO
No mês de prevenção ao suicídio, o TRF1 alerta para a saúde mental no contexto do teletrabalho e do isolamento social
Renata Fontes/Leonardo Souza | Ed. 113 Set 2020
“Este ano eu perdi dois amigos por suicídio”, lamenta Marcelo Pereira dos Santos, que trabalha como editor de imagens na Assessoria de Comunicação Social do TRF1 (Ascom). Um deles se suicidou num fim de semana de abril deste ano. Antes de cometer o suicídio, esse amigo do Marcelo foi para uma festa com outros amigos, se divertiu, brincou, bebeu. Ninguém percebeu nada de diferente em seu comportamento. Foi para casa e chegando lá ainda brincou com a filha de cinco anos que estava na sala com outros familiares. Depois, foi para o quarto e tirou a própria vida.
Ainda assustado com o ocorrido e com a dor de perder um amigo de infância, Marcelo reflete: “Não faço ideia do que poderia estar passando na cabeça dele para cometer um ato tão extremo. Ele era uma pessoa extrovertida, brincalhona, daquelas que você nunca imagina que vai fazer uma coisa dessas”, lamenta.
E o que Marcelo não poderia imaginar é que passaria novamente pela mesma dor pouco tempo depois, neste mês de setembro. Dessa vez, quem pôs fim à própria vida foi outro amigo de longa data, desde quando ambos ingressaram na Segunda Turma de Soldados da Aeronáutica e conviveram até 2001, ano em que se formaram.
O que aproximou Marcelo desse outro amigo na Escola de Soldados foi o fato de seus nomes começarem com a mesma inicial, a letra “M”. Por causa da ordem alfabética, que era a ordem de distribuição dos armários, acabaram ficando amigos. “A gente conversava muito quando ia se trocar ou descansar. Ele era uma pessoa que estava constantemente perto de mim, durante aqueles três anos, todos os dias, sem contar nos dias em que tirávamos serviço juntos”, ele contou.
Marcelo disse que o amigo morava sozinho, mas estava sempre nas redes sociais. "Postava no status do WhatsApp visitas à mãe e aos irmãos, churrascos da família, tudo parecia estar bem”, disse. Ano passado, os ex-alunos da Segunda Turma de 1999 comemoraram os 20 anos que se conheceram com um grande churrasco. Em 2020, a comemoração da turma não se repetiu. Esse amigo de Marcelo tirou a própria vida uma semana antes da festa.
“Depressão é uma doença muito triste e difícil de se perceber se a pessoa não pede ajuda. Nos dois casos, no dia anterior as duas pessoas estavam brincando e se divertindo com os amigos como se estivessem se despedindo, falando nas redes sociais e, de repente, no dia seguinte cometeram um ato desses, tudo muito triste. Eu fico com o coração arrasado, pensando no que poderíamos ter feito se tivéssemos percebido alguma coisa diferente, mas nunca teremos uma resposta para isso”, lamentou o amigo.
Infelizmente, episódios como os que foram relatados por Marcelo fazem parte, cada vez mais, da história de vida de muitas pessoas. A cada ano são registrados mais de um milhão de suicídios no mundo. Isso mostra, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio. No Brasil, esse número é de cerca de 12 mil por ano. Conforme a campanha "Setembro Amarelo", dos casos registrados, 96,8% estão relacionados a transtornos mentais como a depressão, em primeiro lugar, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias químicas. Outra informação alarmante divulgada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) é que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.
Com dados tão preocupantes, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) organizam, em parceria, a campanha "Setembro Amarelo", que tem o seu dia celebrado em 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A campanha deste ano, “É preciso Agir”, tem como foco buscar maneiras de agir efetivamente na prevenção, encaminhando a pessoa ao tratamento correto a fim de se evitar nova tentativa de suicídio, protegendo a vida do paciente e de quem convive com ele.
Além do dia 10 de setembro, a campanha continua ativa durante todo o ano, um permanente alerta para se evitar a ocorrência de casos como os dos amigos de Marcelo.
Fatores de risco e prevenção ao suicídio
De acordo com a campanha "Setembro Amarelo", o suicídio está associado a vários fatores de risco, incluindo motivos socioculturais, genéticos, filosóficos, existenciais e ambientais. A existência de transtornos mentais é considerada um importante fator e problemas mais comumente associados ao suicídio são: depressão, transtorno do humor bipolar, dependência de álcool e de outras drogas psicoativas, esquizofrenia e certas características de personalidade. Tudo isso pode se tornar ainda maior quando há a interação entre dois ou mais desses fatores como, por exemplo, depressão e alcoolismo ou a coexistência de depressão, ansiedade e agitação, fatores esses que podem ser ampliados com o isolamento social.
Outros motivos também estão associados aos índices de suicídio: desesperança e desespero (busca de sentido existencial, razão para viver, falta de habilidade de resolução de problemas, isolamento social, ausência de amigos íntimos), ter a pessoa acesso a meios letais e impulsividade.
A campanha elenca, ainda, na cartilha “Comportamento suicida: conhecer para prevenir”, barreiras que dificultam a prevenção do suicídio com fatores que podem impedir a detecção precoce de sintomas e, consequentemente, a prevenção. Um desses problemas é o fato de o suicídio ser tratado, durante séculos, como um tabu em nossa sociedade por justificativas morais, culturais e religiosas.
Tratar a questão ainda como tabu deixa as pessoas com medo e vergonha de falar abertamente sobre o assunto, o que pode dificultar a percepção dos sintomas pela família, amigos e profissionais de saúde. Para evitar que isso aconteça, a psicóloga do TRF1, Daniella Maria Freire Meira Lima, lembra que humanizar as relações é o melhor caminho a ser seguido. “É preciso indicar nossas dificuldades, pedir ajuda aos colegas, negociar e renegociar prazos. Planejar é importante? Sim. Mas compreender que nem sempre tudo sai como planejado e que, durante esse período, é essencial replanejar, recomeçar quando as coisas não dão certo”, orienta a psicóloga.
Segundo Daniella, as consequências do isolamento prolongado estão sendo sentidas e enfrentadas individual e coletivamente. “Aumentou o número de pessoas buscando apoio de psicólogos e psiquiatras, e as transformações advindas desse sofrimento também podem ser boas – autoconhecimento, tomada de decisões significativas, mudança de hábitos de vida”.
E ela adverte: “Muita gente está falando no ‘novo normal’ como uma tentativa de estabelecer uma nova forma de agir, ganhando segurança e aceitando a mudança, correto? Pois bem, ainda não sabemos como serão as coisas daqui para frente. Olhamos à frente e no horizonte vislumbramos apenas alguns sinais. Temos que lidar com um dia de cada vez”.
Teletrabalho e isolamento social na pandemia: um novo alerta
A adoção do teletrabalho para grande parte do corpo funcional do TRF1 e o consequente isolamento social que essa medida estabelece foram uma preocupação extra do TRF1 desde o início do regime de Plantão Extraordinário, instituído, em março deste ano, pela Resolução Presi 9985909.
Durante esse período, tornou-se imprescindível que todos passassem a manter os cuidados também com a saúde mental. Para isso, o Tribunal vem intensificando a realização de ações voltadas à promoção do bem-estar físico e mental dos magistrados, servidores, prestadores de serviço e estagiários. Se por um lado as potencialidades do teletrabalho se mostraram inegáveis; por outro, a preocupação com a saúde mental das pessoas aumentou nesse contexto de afastamento social pelos sintomas como ansiedade e estresse, por exemplo.
“As pessoas tiveram que organizar tempo e espaço para o trabalho, tiveram que criar formas de trabalhar e isso aliado à situação de apreensão de contaminação que aumentou a ansiedade de todos”, explica a psicóloga do TRF1, Daniella Maria Freire Meira Lima. De acordo com ela, a maior perda que o teletrabalho provoca é a possibilidade de trocas, imediatas e informais, de experiências profissionais e de criar vínculos de amizade.
Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) revelou que a mudança repentina na vida e no trabalho das pessoas trouxe, também, impactos para a saúde mental delas. Somente nos meses de março e abril deste ano os casos de depressão aumentaram 50%, e o número de pessoas que relataram sintomas como ansiedade e estresse chegou a 80%.
Segundo a psicóloga do TRF1, observar os sintomas e as mudanças de comportamento é fundamental, mas, também, “precisamos ter a consciência de que é preciso investir na humanização das relações, ainda que remotamente; isso é o que fortalecerá nossa saúde mental”, afirmou.
Para lidar com momentos de incertezas e ansiedade, a equipe de saúde do TRF1 está preparada e à disposição de magistrados, servidores, estagiários e prestadores de serviço. “Estamos oportunizando atendimentos remotos em todas as modalidades. Se precisarem de ajuda, estamos aqui! Façam contato por telefone, e-mail e pelo Teams. Todos serão acolhidos”, disse a psicóloga Daniella.
Palestra propõe reflexão sobre saúde mental abordando ansiedade e depressão no contexto familiar e no teletrabalho
Para celebrar o mês de conscientização para a valorização da vida, o "Setembro Amarelo", e preocupado com a saúde mental de magistrados, servidores, prestadores de serviço e estagiários da 1ª Região, que, em sua maioria, estão há mais de seis meses em teletrabalho, o TRF1 realizou, no dia 30 de setembro, a live “Alerta Amarelo: Ansiedade e Trabalho – Mudanças geram estresse?”.
O evento foi aberto pela supervisora da Seção de Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (Sevid), Aline Maria Lima Sá, que, após apresentar o tema a ser abordado pelo palestrante, o médico psiquiatra Cláudio Fernando Costa, integrante da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Associação Médica Brasileira e acupunturista pelo Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, destacou que a live teve ainda um caráter inclusivo com a participação de dois tradutores de Libras (Língua Brasileira de Sinais) em comemoração ao "Setembro Azul", mês também da visibilidade da comunidade surda.
Cláudio Fernando iniciou sua palestra explicando o porquê da cor amarela em referência ao mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio. “Isso não começou no Brasil, mas foi com um jovem que tinha um carro amarelo e morreu em um acidente provocado por si próprio. Então, os amigos daquele rapaz começaram a usar fitas amarelas em decorrência do fato, ficando o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio”.
Segundo o médico, a maioria das ocorrências do suicídio estão ligadas ao transtorno mental, sendo o Brasil um país ainda com baixa taxa de suicídio. Ele informou, também, que a ansiedade e a depressão são as raízes do problema.
O profissional de Medicina ressaltou que é importante observar quem está ao nosso lado com possível transtorno para que seja possível fazer alguma intervenção, pois a finalidade, principalmente, é a prevenção dos problemas maiores. Alteração de comportamento, sensação de fracasso, consumo de drogas, desesperança em relação ao futuro, taquicardia, falta de concentração, irritabilidade e compulsão alimentar são alguns dos sinais que a pessoa que precisa de algum auxílio emite normalmente, afirmou Cláudio.
Nesses casos, o palestrante explicou o que fazer. “Dependendo das suas possibilidades, lógico, vai desde ligar no número 188 quanto indicar um suporte para tratamento psicológico, psiquiátrico, como explorar as funções de um bom amigo”. O psiquiatra lembrou, ainda, que o Tribunal possui setor específico onde o servidor poderá ser atendido e encaminhado ao profissional especializado para cuidar do problema.
Organizado pela Seção de Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (Sevid), unidade vinculada à Divisão de Saúde Ocupacional (Diasa) e à Secretaria de Bem-Estar Social (Secbe), o evento teve mais de 200 visualizações no canal do TRF1 no YouTube.
Conheça os fatores de risco e os sinais de alerta que podem auxiliar na prevenção do suicídio:
Fatores de risco e prevenção ao suicídio
De acordo com a campanha "Setembro Amarelo", o suicídio está associado a vários fatores de risco, incluindo motivos socioculturais, genéticos, filosóficos, existenciais e ambientais. A existência de transtornos mentais é considerada um importante fator e problemas mais comumente associados ao suicídio são: depressão, transtorno do humor bipolar, dependência de álcool e de outras drogas psicoativas, esquizofrenia e certas características de personalidade. Tudo isso pode se tornar ainda maior quando há a interação entre dois ou mais desses fatores como, por exemplo, depressão e alcoolismo ou a coexistência de depressão, ansiedade e agitação, fatores esses que podem ser ampliados com o isolamento social.
Outros motivos também estão associados aos índices de suicídio: desesperança e desespero (busca de sentido existencial, razão para viver, falta de habilidade de resolução de problemas, isolamento social, ausência de amigos íntimos), ter a pessoa acesso a meios letais e impulsividade.
A campanha elenca, ainda, na cartilha “Comportamento suicida: conhecer para prevenir”, barreiras que dificultam a prevenção do suicídio com fatores que podem impedir a detecção precoce de sintomas e, consequentemente, a prevenção. Um desses problemas é o fato de o suicídio ser tratado, durante séculos, como um tabu em nossa sociedade por justificativas morais, culturais e religiosas.
Tratar a questão ainda como tabu deixa as pessoas com medo e vergonha de falar abertamente sobre o assunto, o que pode dificultar a percepção dos sintomas pela família, amigos e profissionais de saúde. Para evitar que isso aconteça, a psicóloga do TRF1, Daniella Maria Freire Meira Lima, lembra que humanizar as relações é o melhor caminho a ser seguido. “É preciso indicar nossas dificuldades, pedir ajuda aos colegas, negociar e renegociar prazos. Planejar é importante? Sim. Mas compreender que nem sempre tudo sai como planejado e que, durante esse período, é essencial replanejar, recomeçar quando as coisas não dão certo”, orienta a psicóloga.
Segundo Daniella, as consequências do isolamento prolongado estão sendo sentidas e enfrentadas individual e coletivamente. “Aumentou o número de pessoas buscando apoio de psicólogos e psiquiatras, e as transformações advindas desse sofrimento também podem ser boas – autoconhecimento, tomada de decisões significativas, mudança de hábitos de vida”.
E ela adverte: “Muita gente está falando no ‘novo normal’ como uma tentativa de estabelecer uma nova forma de agir, ganhando segurança e aceitando a mudança, correto? Pois bem, ainda não sabemos como serão as coisas daqui para frente. Olhamos à frente e no horizonte vislumbramos apenas alguns sinais. Temos que lidar com um dia de cada vez”.
Teletrabalho e isolamento social na pandemia: um novo alerta
A adoção do teletrabalho para grande parte do corpo funcional do TRF1 e o consequente isolamento social que essa medida estabelece foram uma preocupação extra do TRF1 desde o início do regime de Plantão Extraordinário, instituído, em março deste ano, pela Resolução Presi 9985909.
Durante esse período, tornou-se imprescindível que todos passassem a manter os cuidados também com a saúde mental. Para isso, o Tribunal vem intensificando a realização de ações voltadas à promoção do bem-estar físico e mental dos magistrados, servidores, prestadores de serviço e estagiários. Se por um lado as potencialidades do teletrabalho se mostraram inegáveis; por outro, a preocupação com a saúde mental das pessoas aumentou nesse contexto de afastamento social pelos sintomas como ansiedade e estresse, por exemplo.
“As pessoas tiveram que organizar tempo e espaço para o trabalho, tiveram que criar formas de trabalhar e isso aliado à situação de apreensão de contaminação que aumentou a ansiedade de todos”, explica a psicóloga do TRF1, Daniella Maria Freire Meira Lima. De acordo com ela, a maior perda que o teletrabalho provoca é a possibilidade de trocas, imediatas e informais, de experiências profissionais e de criar vínculos de amizade.
Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) revelou que a mudança repentina na vida e no trabalho das pessoas trouxe, também, impactos para a saúde mental delas. Somente nos meses de março e abril deste ano os casos de depressão aumentaram 50%, e o número de pessoas que relataram sintomas como ansiedade e estresse chegou a 80%.
Segundo a psicóloga do TRF1, observar os sintomas e as mudanças de comportamento é fundamental, mas, também, “precisamos ter a consciência de que é preciso investir na humanização das relações, ainda que remotamente; isso é o que fortalecerá nossa saúde mental”, afirmou.
Para lidar com momentos de incertezas e ansiedade, a equipe de saúde do TRF1 está preparada e à disposição de magistrados, servidores, estagiários e prestadores de serviço. “Estamos oportunizando atendimentos remotos em todas as modalidades. Se precisarem de ajuda, estamos aqui! Façam contato por telefone, e-mail e pelo Teams. Todos serão acolhidos”, disse a psicóloga Daniella.
Palestra propõe reflexão sobre saúde mental abordando ansiedade e depressão no contexto familiar e no teletrabalho
Para celebrar o mês de conscientização para a valorização da vida, o "Setembro Amarelo", e preocupado com a saúde mental de magistrados, servidores, prestadores de serviço e estagiários da 1ª Região, que, em sua maioria, estão há mais de seis meses em teletrabalho, o TRF1 realizou, no dia 30 de setembro, a live “Alerta Amarelo: Ansiedade e Trabalho – Mudanças geram estresse?”.
O evento foi aberto pela supervisora da Seção de Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (Sevid), Aline Maria Lima Sá, que, após apresentar o tema a ser abordado pelo palestrante, o médico psiquiatra Cláudio Fernando Costa, integrante da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Associação Médica Brasileira e acupunturista pelo Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, destacou que a live teve ainda um caráter inclusivo com a participação de dois tradutores de Libras (Língua Brasileira de Sinais) em comemoração ao "Setembro Azul", mês também da visibilidade da comunidade surda.
Cláudio Fernando iniciou sua palestra explicando o porquê da cor amarela em referência ao mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio. “Isso não começou no Brasil, mas foi com um jovem que tinha um carro amarelo e morreu em um acidente provocado por si próprio. Então, os amigos daquele rapaz começaram a usar fitas amarelas em decorrência do fato, ficando o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio”.
Segundo o médico, a maioria das ocorrências do suicídio estão ligadas ao transtorno mental, sendo o Brasil um país ainda com baixa taxa de suicídio. Ele informou, também, que a ansiedade e a depressão são as raízes do problema.
O profissional de Medicina ressaltou que é importante observar quem está ao nosso lado com possível transtorno para que seja possível fazer alguma intervenção, pois a finalidade, principalmente, é a prevenção dos problemas maiores. Alteração de comportamento, sensação de fracasso, consumo de drogas, desesperança em relação ao futuro, taquicardia, falta de concentração, irritabilidade e compulsão alimentar são alguns dos sinais que a pessoa que precisa de algum auxílio emite normalmente, afirmou Cláudio.
Nesses casos, o palestrante explicou o que fazer. “Dependendo das suas possibilidades, lógico, vai desde ligar no número 188 quanto indicar um suporte para tratamento psicológico, psiquiátrico, como explorar as funções de um bom amigo”. O psiquiatra lembrou, ainda, que o Tribunal possui setor específico onde o servidor poderá ser atendido e encaminhado ao profissional especializado para cuidar do problema.
Organizado pela Seção de Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (Sevid), unidade vinculada à Divisão de Saúde Ocupacional (Diasa) e à Secretaria de Bem-Estar Social (Secbe), o evento teve mais de 200 visualizações no canal do TRF1 no YouTube.
Conheça os fatores de risco e os sinais de alerta que podem auxiliar na prevenção do suicídio:
Encontre ajuda
Seção de Psicologia do TRF1:
Fonte: 61 33145219
e-mail: sepsi@trf1.jus.br
Centro de Valorização da Vida (CVV)
Fone: 188
Atendimento disponível 24h/dia pelo telefone. No chat: aos domingos, a partir das 17h; de segunda a quinta-feira, a partir das 9h; na sexta-feira, das 15h às 23h, e aos sábados, a partir das 16h.