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Colossais Colunas do Egito

Grandes Colunas de Amenhotep
Entardecer em Luxor
Entrada do Templo 2
Entrada do Templo
Templo de Luxor
Obelisco de 3.300 anos
Ramsés II
Ramsés_II_2
Mesquita de Abou El Hagag
Capela de Serapis
Espetaculo ao anoitecer

Em mais uma expedição Por Aí, Euvaldo Pinho nos leva para uma cruzada pelo Deserto do Saara até o Templo de Luxor para admirar a cultura egípcia e suas técnicas irretocáveis de arquitetura.

Euvaldo Pinho/TS*
Ed. 93 Out 2018

No intuito de conhecer um pouco mais do continente africano, retornaremos ao Egito para curtirmos mais uma de suas maravilhas. Para quem aprecia aquele país, o roteiro é fantástico; para quem não é muito chegado ao lugar, todo o respeito! Foi um sentimento de estupefação quando nos deparamos com uma das mais espetaculares obras faraônicas de todos os tempos, o Templo de Luxor ou "Ipep-Resit", como era conhecido, que significa "Harém do Sul" em referência às festas que existiam por lá e pelos arredores.

Após grandes mergulhos no incrível Mar Vermelho, apreciando em suas águas os belos exemplares de animais subaquáticos, caímos na estrada em busca da “parada obrigatória” que todo turista faz a fim de apreciar, vivenciar e tentar compreender aquela obra-prima da mão humana, o Templo de Luxor. Realmente, fica difícil entender como o antigo povo egípcio teve a capacidade de transportar toda a matéria-prima necessária e erguê-la como se fácil fosse, construindo colossais monumentos tão bem detalhados com esculturas em baixo e alto relevos de imagens e hieróglifos, e tudo com tamanha arte e perfeição.

Ao transitarmos “pelas estradas” do Deserto do Saara, confesso que de vez em quando eu me perguntava: e se nosso ônibus quebrar por aqui como vai ser? Pois a imensidão de areia às vezes é similar a um mero pó. Porém, quando soprou uma tempestade de areia, ficamos extasiados e, ao mesmo tempo, temerosos assim como quando acontece uma tempestade com raios, trovões, muito vento e chuva em nosso País e nos sentimos pequeninos novamente. Felizmente, tudo deu certo.

Intrigante é como eles conseguem arborizar pequenos trechos da imensidão desértica de pura areia fazendo com que aquele lugar cada vez mais se torne mais aprazível. Realmente, aquele povo se dedica com afinco à indústria do turismo, tendo como principais atrações suas heranças no que diz respeito principalmente às antigas edificações bastante exóticas e colossais.

Nós temos que tomar bastante cuidado e sermos respeitosos ao direcionarmos nossa câmera fotográfica às estranhas "burcas", usadas pelas mulheres a fim de evitar constrangimento, bem como nas medinas, e respeitarmos os atos de meditação e agachamentos muito característicos dos homens que os executam com seriedade e fé.

Tanto quanto possível, é óbvio, devemos pesquisar antes da viagem para que, ao vivenciarmos in loco, possamos nos extasiar e documentar os detalhes daquele colosso e não só ficarmos ouvindo o guia com tudo o que ele decorou e apenas perguntarmos o que nos interessa e que chamou a nossa atenção. Importante recomendação: não deixar de levar bastante água para a hidratação e usar roupas bem leves, comportadas e confortáveis, se é que me faço entender.

Normalmente, os guias nos levam às lojas credenciadas por eles, em que receberão comissão em cada compra feita pelo turista e onde eu, em vez de comprar produtos prontos como, por exemplo, as batas, prefiro comprar somente uma “peça-piloto" e em uma loja de tecidos comprar alguns metros com padronagens da minha preferência, e, ao retornar ao Brasil, mandar costurar tal e qual a roupa que eu vi. Comprei, também, algumas típicas essências egípcias, as quais transformei em verdadeiros perfumes.

Voltando a falar sobre o Templo de Luxor, solicitamos ao guia que nosso ônibus fosse um dos primeiros a chegar, o que foi muito bom, pois isso proporcionou que conseguíssemos ótimas imagens sem que aquela quantidade enorme de turistas com suas vestimentas coloridas fizesse parte das fotos e desfavorecesse o nosso trânsito por entre as colunas e demais ambientes daquela maravilha de templo.

Dotados de uma possante lente e atentos aos afrescos, encontrei nos pontos mais altos imagens bem mais conservadas. Como realmente conseguimos chegar bem mais cedo, pegamos uma melhor luz do sol, bem mais adequada, o que fez com que nossas fotos tivessem melhores efeitos.

Em muitos lugares ainda há escavações e pesquisas sendo realizadas, e a cada dia muito se descobre por lá. No futuro, saberemos muito mais se soubermos preservar as já descobertas. Um exercício que gosto de fazer é recuar um pouco e dar vazão a minha imaginação para tentar visualizar como teria sido a vida naquela época, com toda pompa e esplendor dos faraós e como faziam para que sua arquitetura e engenharia funcionassem tão precisamente bem. Viajo!

Mas com certeza a eles devemos muito. Imaginemos, pois, por quanto tempo essas construções sobreviveram às intempéries, enquanto que atualmente as nossas edificações parece que têm prazo de validade, mesmo que com o uso de mais recursos, técnicas e sabedoria.

Se por lá existisse um bom baiano, já teria alguém fazendo moda daquele antigo cavanhaque do faraó Ramsés II, tipo um "tererê" de Porto Seguro. Ainda bem que já estou aposentado, pois, com certeza, eu teria feito uma de uso temporário.

Realmente, há muito para se ver e entender em tão pouco tempo, são imensas as imagens de todo o tipo e para todo o gosto. Infelizmente, o tempo urge…

Ao entardecer, diante do maravilhoso pôr do sol, o Templo de Luxor parece que se expande à noite, e com a iluminação cenográfica muito bem posicionada torna-se mais espetacular ainda, criando um mistério no ar!

*Euvaldo Pinho é servidor aposentado da JFBA e colaborador da revista

Legendas e fotos do autor

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