Em busca dos vinhos chilenos

Euvaldo Pinho/LS*

Ed. 96 Fev 2019

Diferentes paisagens, sabores e aromas são encontrados em cada vale chileno. Com tipos diferentes de terras e clima privilegiado, o local contagia os apreciadores dos bons vinhos, catedráticos e “curiosos” como eu.

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Vinhos e natureza: eis o que nos motivou a “viajar” pelas vinhas onde cada uma oferece experiência única a ser vivida. No Chile existem em torno de 300 vinícolas espalhadas por seus 14 vales que fazem daquele país um dos melhores programas para quem gosta de se aventurar.

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A gastronomia chilena também impressiona. Frutos do mar, peixes frescos do Pacífico, empanadas e ceviche tornam o cardápio atraente. E, bem, se tem algo que uma agradável gastronomia merece é um bom vinho para acompanhar as refeições e fazer brindes no decorrer do dia. Este quesito é o que não falta!

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O clima fresco e a geografia única da Cordilheira dos Andes são algumas das características que fazem o Chile ganhar relevância mundial na produção de vinho. O país nos brinda com uma rota de diversas regiões produtoras da bebida, como as do Valle del Maipo, Valle de Colchágua e Valle de Casablanca.

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A área do Maipo, onde está concentrado o maior número de vinícolas do Chile, é a mais próxima de Santiago (com 40 km de distância da capital), e a Colchágua a mais distante (a 180 km de Santiago).

 

Segundo especialistas, os vinhos tintos elaborados com a uva Cabernet Sauvignon são a grande estrela do terroir, relaciona extensão limitada de terra com produtos e sabores regionais. Dentre as uvas de origem francesa foi a que mais se adaptou ao solo chileno. É o vinho ideal para acompanhar carnes.

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Já a Carménère é um presente de Bordeaux ao Chile. No país da Cordilheira, a casta da uva carménère encontrou o local ideal para prosperar.

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Merlot e Syrah também têm destaque mundial, assim como o Pinot Noir chileno.

Os vinhos brancos de “personalidade” merecem ênfase, já que acompanham pratos de peixes e mariscos, especialidades da culinária chilena. O Chardonnay, uva famosa na Califórnia, é uma celebridade no Valle de Casablanca e de San Antonio, pois recebe o toque peculiar da proximidade com o oceano Pacífico. Sauvignon Blanc é outra uva com excelentes rótulos. São vinhos frescos e extremamente saborosos.

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No retorno de nossa terceira expedição, “Emoção nos Andes”, em agosto e setembro de 2018 partimos para fazer a “rota dos vinhos chilenos” em busca de novos exemplares, já que tínhamos nos banqueteado com as cervejas argentinas como a Quilmes Stout, inexistente no Brasil.

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Ainda motivados pelas “cervezas”, fomos à Valdivia, no Chile, em busca da cerveja artesanal Kunstmann. Inclusive, visitar a fabrica da bebida é um passeio imperdível: tem um restaurante alemão e um museu da melhor qualidade. Na saída do estabelecimento, é preciso ter cuidado com a neblina nos olhos!

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Uma vez definido entre nós quem não poderia beber para dirigir na volta, era só escolher a uva, fazer a reserva (é muito importante reservar antes de ir) e traçar o roteiro definido. Daí foi só embarcar e #partiu rota dos vinhos chilenos!

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Nós fizemos a seleção pelo critério de qualidade, incluindo a famosa Concha Y Toro, Santa Rita, Aquitania (vinícola boutique) e Viña Undurraga, situada a 34 km de Santiago no Valle del Maipo, onde perdi (ou ganhei) tempo registrando em fotos seus parques em estilo francês, sua entrada, suas carruagens antigas muito bem conservadas e suas adegas subterrâneas do século XIX, fundadas em 1885.

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Em seguida, partimos para a escolha dos vinhos a serem adquiridos após a devida degustação.

Para a próxima ida ao Chile, ficou definido visitar, incluindo degustação e reabastecimento, as seguintes vinícolas: Viña Casona Veramonte, Emiliana e Viñamar, no Vale de Casablanca; Casa Laportolle, Viña Montes, Las Ninas e Casa Silva, no Viña Montes, em Santa Cruz. Mas isso fica para ser compartilhado com vocês em outro “Por aí”.

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Tim, tim!

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*Euvaldo Pinho é servidor aposentado da JFBA e colaborador da revista

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