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Analítica

PRODUTIVIDADE EM CASA

Pesquisa revela que teletrabalho melhora a produtividade e contribui para o bem-estar de servidores da Justiça Federal da 1ª Região

Larissa Rocha | Ed. 108 Mar 2020

O trabalho remoto estabelecido em virtude da pandemia da Covid-19 foi bem aceito pela maioria dos servidores que atuam no 1º grau da Justiça Federal da 1ª Região. É o que mostra a pesquisa realizada no período de 26 de março a 2 abril pela Corregedoria Regional da 1ª Região (Coger).

De acordo com o estudo, 54% dos servidores afirmam que têm trabalhado melhor de forma remota do que presencialmente e 32,8% acreditam que o teletrabalho não interferiu nas atividades realizadas. Apenas 13,1% do grupo descrevem a experiência como negativa.

Quando comparados ao trabalho presencial, fatores como espaço, conforto, instalações tecnológicas, atividades cotidianas e condições psicológicas pendem em favor do trabalho remoto na opinião dos servidores.

Benefícios como aumento da produtividade; redução dos custos com transporte e vestimentas; melhor adequação do espaço de trabalho às necessidades e às limitações de cada um; aumento do grau de satisfação pessoal com o trabalho; maior percepção de felicidade com o que faz e melhoria das condições de trabalho foram citados pelos colaboradores da JF1 como vinculados ao teletrabalho.

A possibilidade de mais proximidade com as famílias também foi citada como vantagem do trabalho remoto. Mais de 44% dos respondentes afirmam que a modalidade impacta positivamente as rotinas de cuidado dispensado a membros da família; 29,6% acreditam que esta é uma condição neutra, e 26,4% dizem ter impacto negativo.

Quanto à pandemia de Covid-19, 57,8% das pessoas descrevem o trabalho remoto como um fator positivo para lidar com o isolamento social provocado pelo coronavírus. Para 19%, as condições seriam iguais às do trabalho presencial e 23,1% declaram haver impacto psicológico negativo.

A dinâmica de trabalho durante o regime de Plantão Extraordinário também foi bem-avaliada. Mais de 90% dos servidores afirmam que as equipes continuam em contato; quase 79% dizem que são claras as orientações quanto ao que deve ser feito; 93,6% seguem com acesso aos arquivos de que necessitam e 81,5% têm usado o Microsoft Teams como ferramenta de trabalho nesse período.

Cerca de 40% dos respondentes apoiam o trabalho remoto, desde que superados alguns obstáculos como acesso à Rede Privada Virtual (VPN), capacitações, acessibilidade para pessoas com dificuldades de visão e questões que envolvem o sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe).

Foram apresentadas, ainda, sugestões para a expansão do teletrabalho após o término da vigência do Plantão Extraordinário. Servidores defenderam que o trabalho remoto fosse estimulado, inclusive como critério para obtenção de premiações como o Selo Estratégia em Ação e até mesmo que fosse obrigatório, com a definição de um percentual de colaboradores que atuam por meio da modalidade por unidade.

Sobre a pesquisa

Fundamentada na implantação do regime de Plantão Extraordinário no Poder Judiciário por meio da Resolução 313 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a pesquisa contou com a participação de 1.575 servidores que atuam na Justiça Federal de 1º grau nas 14 unidades da federação que compõem a Primeira Região.

O questionário foi dividido em cinco partes, que consistiram em: identificação do perfil dos respondentes; avaliação do trabalho remoto e comparação com o presencial; constatação da compatibilidade de funções com o trabalho remoto e da disposição em aderir a ele; verificação da interação com os colegas de trabalho, da orientação das equipes, da disponibilidade de computadores, do uso do Teams, da VPN e do acesso aos arquivos de trabalho e, por fim, abertura de um espaço livre para a manifestação dos servidores.

Mais detalhes sobre a pesquisa estão disponíveis no relatório. Clique aqui para acessá-lo.

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