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Planos e sentidos

Exposição realizada na Galeria Virtual do Espaço Cultural Murat Valadares traz as emoções do dia a dia na pintura abstrata

Áurea Batista  | Ed. 123 agosto 2021

Emoções cotidianas: é o que busca representar as obras da exposição “Óleo sobre tela – Planos e Sentidos”, do artista mineiro Roberto Coelho, 64 anos. Apesar do nome, as obras da exposição não abrangem apenas a técnica óleo sobre tela. É possível, também, encontrar trabalhos em tinta de tecido sobre lona crua e em nanquim sobre papel couchê. 

 

A exposição é composta por uma série de telas de pintura abstrata, sendo a maior parte em preto e branco e a outra parte de imagens coloridas, cada uma com uma paleta de cores única. 

 

Em virtude do abstracionismo, as telas raramente recebem título. Roberto explica que é uma forma de não influenciar o observador. “Ele vê, através da minha obra, uma obra pessoal dele”. O conjunto de emoções que todos vivem diariamente é a principal mensagem que ele deseja expressar através das pinturas.  

 

Nesse sentido, as experiências pessoais dele, sejam boas ou ruins, durante a fase de produção das obras, influenciam os traços finais. “É como se meu subconsciente tomasse conta da situação no momento e retratasse tudo isso. Ele é mais autêntico e original dentro do que estou passando”, relata o artista. 

 

Sobre o artista

Roberto nasceu em Belo Horizonte/MG e chegou em Brasília no ano de 1969, aos 12 anos. Ao recordar-se de sua trajetória artística, o pintor conta que a principal inspiração dele para a arte vem de seus pais.  

 

A mãe ilustrava capas de livros, o que lhe despertou forte interesse, e ele, ainda jovem, passou a ajudá-la com as ilustrações. O pai, por sua vez, desenhava formas geométricas em preto e branco, traço que Roberto mantém em suas obras e que considera ser o mais forte, especialmente em relação ao uso das duas cores. 

 

O artista narra que começou a desenhar com grafite e depois partiu para óleo sobre tela. Posteriormente, decidiu experimentar a pintura em lona crua, somente com tinta preta específica para tecido. Nessa técnica ele identificou o ponto forte de sua identidade artística, o qual esteve evidente na exposição no portal do TRF1. 

 

No entanto, Roberto não deixa de produzir quadros coloridos, quando vê a necessidade. Para cada quadro, ele cria uma paleta específica de cores, sendo essa a etapa mais demorada e mais pessoal do trabalho, segundo ele.  

 

Em nenhum dos quadros, as cores são aplicadas de forma pura, para que não ocorra repetição em outras obras. Ele relata o processo da seguinte forma: “parece que você está mantendo um diálogo, cada cor é uma pessoa, você vai trocando ideias com essas cores. Costumo ir eliminando aquelas que não estão pedindo para entrar no trabalho”. 

 

Quanto às referências artísticas externas, ele diz admirar pintores como Pablo Picasso e Salvador Dalí, mas “mantendo certa distância”, para não sofrer influência na própria produção. 

 

Galeria virtual

As obras ficaram expostas na versão on-line do Espaço Cultural Murat Valadares, no período de 3 de maio a 30 de setembro. Apesar das medidas restritivas de circulação em função da pandemia da Covid-19, o público pôde acessar os trabalhos de Roberto Coelho por meio de fotografias na Galeria Virtual, no portal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). 

 

Pintor há cerca de 40 anos, Roberto encara como uma excelente ideia a realização da mostra na modalidade virtual para manter a arte presente na rotina do TRF1. “Foi uma forma inteligente de não ficarmos sem expor nossos trabalhos”, diz ele.  

 

As fotografias das telas foram feitas pelo próprio artista, o que, segundo ele, serviu de incentivo para organizar os registros de suas obras de forma geral. 

 

Tanto o Espaço Cultural Murat Valadares, criado em 1997 no Edifício-Sede I do TRF1, quanto a Galeria Virtual são administrados pela Assessoria de Relações Públicas e Cerimonial (Asrep). Por meio desses espaços, são realizadas exposições e atividades culturais que se integram ao ambiente de trabalho dos servidores, prestadores e estagiários. Segundo a diretora da Asrep, Juliana Bezerra Espíndola, essas ações trazem qualidade de vida aos trabalhadores. 

 

Juliana conta que, na época das exposições presenciais, o espaço cultural “era um ponto de encontro onde vários servidores paravam e conversavam sobre os quadros” e que essa dinâmica trazia muita alegria. Já no ambiente virtual, o portal do TRF1 e a plataforma de reunião se tornaram as ferramentas de trabalho. Então, a equipe da Asrep se empenhou em “trazer ao mundo virtual essa leveza”, diz ela. 

 

Como expor

Para selecionar os artistas que participarão de exposições promovidas pelo TRF1, a Asrep realiza, periodicamente, o trabalho de captação, que inclui idas a galerias de arte de Brasília e divulgação pelas redes sociais. Além disso, os próprios artistas interessados em expor podem procurar a Assessoria.  

 

Após feitos os contatos, vêm as etapas de seleção e marcação da mostra. As orientações completas para participar como expositor estão disponíveis no regulamento do Espaço Cultural.  

 

Vale ressaltar que a Asrep providencia o contato, mas não realiza intermediação de compra e venda; portanto, os interessados em adquirir as obras devem falar diretamente com o artista responsável pela exposição. 

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