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O nascer do sol

O nascer do sol

Ufa, encontrei!!!

Ufa, encontrei!!!

Uma luz no fim do tunel

Uma luz no fim do tunel

Simplesmente espetaculares

Simplesmente espetaculares

Restou muito a ser visto

Restou muito a ser visto

Riquezas de artesanatos

Riquezas de artesanatos

Próximo conhecimento

Próximo conhecimento

Prontos para partir

Prontos para partir

Inter-ilhas II

Inter-ilhas II

Interior da Sta Maria de Achao

Interior da Sta Maria de Achao

Nossa hospedagem familiar

Nossa hospedagem familiar

Nosso meio de transporte

Nosso meio de transporte

Os 4x4 no frio da Ruta 5

Os 4x4 no frio da Ruta 5

Palafitas

Palafitas

Inter-ilhas I

Inter-ilhas I

Industria da pesca

Industria da pesca

Fartura

Fartura

Estradas encantadoras

Estradas encantadoras

Especiarias

Especiarias

Artesanatos finos

Artesanatos finos

Enfim Noly

Enfim Noly

Esta adquiri

Esta adquiri

Deram o nome a Chiloé

Deram o nome a Chiloé

Curanto  com vinho chileno

Curanto com vinho chileno

A incógnita CHILOÉ

Euvaldo Pinho/TS*
Ed. 85 Fev 2018

Desbravando o Chile de 4x4 nos deparamos com uma interrogação, conhecer ou não  a ilha de Chiloé? Sabíamos pouco sobre ela e resolvemos pesquisar, o que culminou na nossa decisão de avançar para a Isla Grande de Chiloé, a quinta maior em tamanho na América do Sul, situada no Chile/Pacífico Sul. Sábia escolha!

Encantamo-nos pela ilha, por seus habitantes, pela sua história e de lá saímos com a certeza de que voltaremos um dia, antes de 2020, se possível, para conhecer alguns lugares que ficaram pendentes, como o Fuerte de San Antonio, de 1770, em Ancud, outras fortificações do tempo da colonização espanhola além de mais algumas  "pinguineras" (locais onde os pinguins se reproduzem e criam seus filhotes) do pinguim Real, lindos os animais! Chamo a atenção para informar que é na Ilha Grande de Chiloé, na cidade de Quellón, que termina (ou se inicia) a famosa Ruta 5 ou Rodovia Pan-Americana, a qual  percorre todas as Américas até a cidade de Fairbanks no Estado do Alaska, Estados Unidos...

Cansados, chegamos a uma bifurcação no sul do continente sul-americano, onde seguimos para a Isla Grande de Chiloé ao invés de Puerto Montt. Em seguida, já descansados, baixamos nossa adrenalina em um ferry boat e iniciamos uma fase de adaptação para viver a bucólica ilha com seu estilo de vida em acordo com a pesca e o plantio, nós nos programando para os contatos com os chilotes (habitantes da ilha) em busca de dicas que nos levassem a novas descobertas. 

Sob a minha ótica, os destaques da ilha são: as construções em madeira, tais como residências, lojas e delegacias, erguidos sobre palafitas, na cidade de Castro; as 70 lindas igrejas, das quais 16 são Patrimônio Mundial da Humanidade, sendo a mais antiga a Igreja de Santa Maria de Loreto de Achao, datada de 1730; as casas típicas; os artesanatos diretos dos fabricantes; a rica e saudável culinária, a exemplo do "curanto", iguaria cozida debaixo da terra e de folhas, que contém batatas e moluscos, mexilhões, vôngoles e ostras frescas, além de carnes e chouriço. Pratiquei o pecado da gula! Essa é a feijoada deles!

Escultura de primeira linha, já sabíamos da existência dela na ilha e finalmente a encontramos depois de muito perguntar. Chegamos a Quellón, onde começamos a desconfiar que estávamos perto do "tesouro", tendo em vista a quantidade de entalhes que víamos em abundância por todos os lugares em portas, letreiros, imagens, quadros e molduras, esculpidos em madeira de alta qualidade. Repito uma máxima minha: "o GPS nos conduz a um local, mas não nos leva a lugares fantásticos que só descobrimos informando-nos com os moradores locais".

Nas pesquisas anteriores à nossa partida descobrimos que em Chiloé havia um escultor/entalhador chamado Noly, entre outros, que fazia obras maravilhosas, e partimos em busca do artista. Como relatei acima, após começar ver diversas obras entalhadas e muito perguntar, encontramos o ateliê de Noly, onde comprei uma peça que representa muito bem aquela ilha: a moldura é uma casca de mexilhão contendo na parte interna casas em palafita, barcos e um farol esculpidos magnificamente. Lindo trabalho!

Sempre escolho ir para o sul do Chile e da Argentina, especificamente para a Patagônia, no inverno, para curtir o frio, a neve e o gelo, mas é no verão que as coisas acontecem por lá, como os Festivales Costumbristas, celebrações ao ar livre com danças, comidas e artesanato típico chilote. Quem sabe um dia...! Mas o incomum para um bom baiano arretado é ir durante o inverno, quando curtimos o inusitado, e a adrenalina corre nas veias misturada com água de coco e dendê. Dirigir na neve, no asfalto com gelo e no rípio (cascalho) é o que nos torna mais aptos na arte de pilotar com maior segurança e aventura.

A aventura pela ilha chilena continua na próxima edição!

*Euvaldo Pinho é servidor aposentado da JFBA e colaborador da revista

Legendas e fotos do autor

  Noly em ação  

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