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Lucas S. S. Lima
ENFRENTANDO O ALZHEIMER
TRF1 realiza palestra sobre a doença no mês em que se aborda sua conscientização
Ascom-TRF1 | Ed. 102 Ago/Set 2019
Em referência ao Dia Nacional de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer, celebrado no dia 21 de setembro, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) promoveu, no dia 19, a palestra sobre Demência de Alzheimer com a médica geriatra Randara Rios.
A especialista explicou a proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de acabar com o estigma sobre a doença. Ela abordou o envelhecimento e o aumento da expectativa de vida da população. “Em 2030, idosos com mais de 60 anos poderão viver mais de duas décadas, e as decisões médicas vão precisar se basear em expectativa de vida, e não em idade cronológica”, disse ela.
De acordo com Randara, a demência afeta mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, número que aumenta a cada três segundos. “Só no Brasil, estima-se que a quantidade de idosos com Alzheimer chegue a 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico”, explicou.
A médica também esclareceu a diferença entre o envelhecimento normal (senescência), em que os sinais de deficiência vão aparecer sem prejudicar a funcionalidade do indivíduo e o seu dia a dia, e o envelhecimento patológico (senilidade), quando os mesmos problemas do envelhecimento normal vão ocorrer, porém de forma mais severa, levando a pessoa à perda progressiva da funcionalidade até a incapacidade de realizar as atividades básicas de vida diária.
Entre os fatores de risco apontados pela especialista em Geriatria a idade é o maior deles. “A prevalência em mulheres é duas vezes maior do que em homens, e de 50% a 75% dos casos de demência de Alzheimer podem ser associadas a causas ambientais como baixo nível educacional, tabagismo, sedentarismo, depressão e baixo risco social”, informou Randara.
Ela apontou, ainda, o sexo masculino, a escolaridade, uma vida ativa, a atividade física, a dieta mediterrânea e o tratamento das doenças cardiovasculares como fatores protetores contra a doença.
PREVENÇÃO
Uma orientação importante repassada aos participantes do evento foi a necessidade de se estar sempre alerta às pessoas de sua convivência. “Conversar é importante para levantar hipóteses e ir atrás do diagnóstico precoce. Ao primeiro sinal, deve-se procurar o médico”.
A médica também tirou dúvidas dos participantes e apresentou algumas medidas que ajudam na prevenção da enfermidade, como meditação, exercício aeróbico e musculação.
Para o servidor Adelson Torres, diretor da Secretaria de Planejamento Orçamentário e Financeiro (Secor), o tema da palestra foi muito pertinente e a participação foi significativa para aprender formas de se prevenir a doença. “Eu passei por momentos muito delicados com a minha mãe em virtude da doença de Alzheimer, e esta palestra foi importante até mesmo para esclarecer dúvidas quanto à prevenção. Todos deveriam participar de eventos assim e começar a pensar no futuro”, afirmou Adelson.
NÚMEROS DO ALZHEIMER
1,2 milhão no Brasil
Mulheres têm duas vezes mais probabilidade de contrair a doença do que os homens
50% a 75% dos casos são associados a: baixo nível educacional, tabagismo, sedentarismo, depressão e baixo risco social
Fonte: palestrante Randara Rios, médica do TRF1