Olhar para o passado e o futuro

“Esse momento marca o olhar para o passado e também para o futuro”, com essas palavras o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), desembargador federal I’talo Fioravanti Sabo Mendes, descreveu a inauguração da Usina Fotovoltaica e da Galeria dos Magistrados na Subseção Judiciária de Rondonópolis, em Mato Grosso.

O passado é caracterizado pela memória contida nas fotos dos magistrados que já passaram pela unidade. As imagens ficarão expostas permanentemente na Galeria dos Magistrados, localizada no Hall da Sede da Subseccional e aberta à visitação do público em geral, como forma de tributo ao trabalho realizado pelos juízes e juízas federais na prestação de serviços jurisdicionais.

Já o olhar para o futuro fica claro com a instalação da Usina Fotovoltaica, que, com 616m² e 308 módulos de 405W cada, é capaz de gerar mais de 15 mil KWh por mês.

Dessa forma, a Usina supre completamente a necessidade de energia elétrica da Subseccional, que consome, em média, 8 mil KWh mensais. Os 7 mil KWh restantes são enviados, em conjunto com a energia excedente das usinas de Cáceres e Sinop, para os prédios da Justiça Federal em Barra do Garças, Diamantino e Juína, todas vinculadas à Seção Judiciária de Mato Grosso.

Vantagens

Usinas fotovoltaicas funcionam de maneira a utilizar o resultado da reação da luz do sol com painéis instalados, com o objetivo de transformar luz solar em eletricidade.

Esses painéis são interligados entre si e também estão conectados a um inversor solar, que é responsável por converter a energia solar em energia elétrica útil para equipamentos como computadores, televisões, lâmpadas e outros.

Além dos benefícios sustentáveis, com a utilização de energia limpa e renovável aproveitada da incidência solar, a Usina Fotovoltaica de Rondonópolis também oferece economicidade à Justiça Federal e, consequentemente, aos cofres públicos.

Por mês, a economia é de quase 70% no pagamento de faturas, uma vez que, nos cinco meses anteriores à instalação da usina, a média de valor da fatura foi de R$ 8,7 mil e, após a instalação, esse valor foi reduzido para a taxa mínima da demanda contratada (R$2,7 mil).

Cerimônia de inauguração

A instalação da Usina em Rondonópolis foi concluída em 7 de março de 2021 e a fonte de energia entrou em operação quatro dias depois. Já a cerimônia de inauguração ocorreu no dia 27 de outubro, juntamente com a inauguração da Galeria dos Magistrados.

“Estamos a inaugurar a Galeria dos magistrados que serviram a Rondonópolis e, ao mesmo tempo, inaugurar a Usina Fotovoltaica. Isso mostra que estamos de olho no passado e com o olhar fixo para o futuro. Não podemos ignorar e esquecer de todos aqueles que, com o seu suor e esforço diuturno, contribuíram para formar a instituição. Por outro lado, nenhuma instituição olha só para o passado; deve, também, olhar para a frente. E a inauguração da usina fotovoltaica mostra exatamente isso: a nova preocupação que surge na Justiça Federal com a preservação ambiental e com o desenvolvimento sustentável”, afirmou o presidente do TRF1, desembargador federal I’talo Fioravanti Sabo Mendes.

Na ocasião, o magistrado reforçou o compromisso da Primeira Região de investir em energia limpa e renovável com a instalação de usinas fotovoltaicas: “É projeto nosso que, a médio prazo, nós tenhamos, na Justiça Federal da 1ª Região, autonomia em relação a energia elétrica, a exemplo de Mato Grosso, que, nesse aspecto, é o estado mais avançado em nossa jurisdição”.

A fala do presidente traduz um dos objetivos previstos no Plano de Logística Sustentável (PLS) da Justiça Federal da 1ª Região: desenvolver fontes de energia sustentável, de modo a gerar economia e contribuir com o desenvolvimento sustentável das gerações atuais e futuras.

Reforçando essa ideia, o diretor em exercício da Subseção Judiciária de Rondonópolis, juiz federal Victor de Carvalho Saboya Albuquerque, afirmou que a Usina Fotovoltaica se insere em um contexto de busca pela excelência e eficiência na JF1.

“Os painéis de energia solar integram o projeto de gestão estratégica do nosso Tribunal, com as finalidades de promover investimento em energia limpa e sustentável, de realizar a preservação intergeracional do meio ambiente e de promover redução nas despesas orçamentárias, já que a energia elétrica constitui um fator que consome, de forma intensa, o orçamento da Justiça Federal”, destacou o magistrado.

A diretora do foro da Seção Judiciária de Mato Grosso (SJMT), juíza federal Vanessa Curti, disse que a inauguração da Usina reafirma todo o processo de modernização do qual passou a Subseção Judiciária de Rondonópolis, bem como os avanços alcançados pela Justiça Federal ao longo do tempo. A magistrada destacou, ainda, o papel essencial dos servidores nesse processo de modernização da Justiça.

No fim da cerimônia, o presidente do TRF1, desembargador federal I’talo Fioravanti Sabo Mendes, fez um convite a todos para “olharmos adiante e enxergarmos, no futuro, um mundo melhor. Que todos nós possamos, ao fim, olhando para trás, dizer para nós mesmos que ajudamos, mesmo que com um pequeno pedregulho, a construir um mundo melhor. É para isso que nós existimos. Essa é a nossa própria razão de existir e é, também, a razão de existir da Justiça Federal”.