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Homenagem póstuma

Justiça Federal no Maranhão inaugura a nova Sala de Sessões Juiz Federal Leomar Amorim, em homenagem ao desembargador federal

Patrícia Gripp

Outubro 2021

 |   Ed.

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Homenagem póstuma

A Justiça Federal no Maranhão conta com uma nova Sala de Sessões chamada de Juiz Federal Leomar Amorim, em homenagem póstuma ao desembargador federal, que prestou serviços relevantes à magistratura no Maranhão, ao TRF1, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Tribunal Regional Eleitoral, por onde passou ao longo de sua carreira.


A inauguração das novas instalações da Sala de Sessões de Julgamento das Turmas Recursais da Seção Judiciária do Maranhão (SJMA) ocorreu no dia 22 de outubro, em São Luís/MA.


O evento contou com a participação do presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), desembargador federal I’talo Fioravanti Sabo Mendes, e contou com convidados especiais como: a viúva do desembargador federal Leomar Barros Amorim de Sousa, Maria da Graça Peres Soares Amorim; os filhos Guilherme, Gustavo, Gabriel e Geovane; a neta Gabriela; as sobrinhas Simony e Rosérika e autoridades dos Poderes da República.


Na ocasião, o presidente do TRF1 ressaltou que não poderia deixar de estar presente na solenidade por dois motivos: a amizade que sempre teve com o desembargador federal Leomar Amorim e porque o tribunal não poderia se fazer ausente em um evento de tamanha repercussão. “Para nós, do TRF1, que tivemos a oportunidade e a honra de conviver com o desembargador Leomar, é um evento de imensurável honra e satisfação”, destacou o desembargador federal.


I’talo Mendes contou que acordou cedo para fazer o seu discurso, mas chegou à conclusão de que o amigo Leomar Amorim merecia um discurso com palavras que viessem do coração e não escritas.

Emocionado, observou que sentia a presença do homenageado naquele momento na sala, na pessoa de cada um que estava presente, que representavam seus amigos e família.


“Poderão passar anos e décadas, mas todos vão sempre lembrar dele. Certamente nós não estaremos mais aqui, mas ele ainda será falado, porque serviu de exemplo e quem serve de exemplo não morre, sua chama se faz presente. Ele está aqui, está nos vendo e nós sentimos sua presença”, falou o presidente do TRF1.


O magistrado ainda agradeceu ao amigo maranhense por ter feito da Justiça sua razão de viver e, com o olhar direcionado à mãe do homenageado, declarou: “Nós agradecemos à senhora e ao seu Leomar por nos propiciarem um homem desse gabarito, desse preparo. Por isso, gostaria de encerrar dizendo para todos e para o desembargador Leomar Amorim duas palavras: muito obrigado”.


Homenagens

A inauguração foi repleta de homenagens ao desembargador federal Leomar Barros Amorim. O diretor do foro da Seção Judiciária do Maranhão (SJMA), juiz federal Neian Milhomem Cruz, informou que a homenagem surgiu de uma iniciativa do vice-diretor do foro da Seccional, juiz federal Rubem Lima de Paula Filho.


Para o diretor, o desembargador transmitiu muito mais que o conhecimento dos livros. “Ele nos transmitiu que um juiz, antes de tudo, deve ter compromisso com o próximo e olhar mais humano, capaz de compreender, pelo sentimento de empatia, as necessidades de que o outro precisa. Eu aprendi com ele a tentar ser um ser humano melhor”, enfatizou o juiz federal.


Já o vice-diretor do foro da Seccional, juiz federal Rubem Lima de Paula Filho, que conheceu o homenageado quando cursava a faculdade, destacou sua emoção na ocasião e afirmou que a Justiça Federal no Maranhão “é fincada em terreno forte, com raiz firme” e valoriza os magistrados locais.


Guilherme, um dos filhos do desembargador Leomar, falou pela família e enfatizou as qualidades do pai. Segundo ele, falar sobre o pai era uma tarefa simples e ao mesmo tempo complicada. “Simples porque ele era humilde e complicado porque ele tinha um jeito muito peculiar de ser”, disse.


Ele afirmou que estava se sentindo em casa, porque os desembargadores, juízes e ministros presentes na cerimônia sempre fizeram parte de sua vida e citou uma passagem do livro “Eles, os juízes, vistos por nós, os advogados”, do jurista Piero Calamandrei: “O juiz é o direito tornado homem. Na vida prática, só desse homem posso esperar a proteção prometida pela lei sob uma forma abstrata. Só se esse homem souber pronunciar a meu favor a palavra justiça, poderei certificar-me que o direito não é uma promessa vã”.


Guilherme disse que o pai se portava como juiz em todos os aspectos da sua vida – como pai, amigo e não só como magistrado. “Na sua posse, em 1987 ou 1988, não me lembro muito bem, ele escreveu um texto que outro dia mamãe encontrou. Ele encerrava o texto dizendo que ele deveria ser justo e só daquela forma poderia inscrever o nome dele no rol da Justiça e ganhar o habeas corpus da imortalidade”, concluiu.


O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo Soares da Fonseca também era amigo do magistrado Leomar Amorim. “Norberto Bobbio dizia que ‘Somos aquilo que lembramos’. Todas as falas de hoje lembram aquilo que foi e o que é Leomar Amorim”, comentou o ministro.


Reynaldo falou sobre a vida pessoal e profissional do amigo. “Ele não aceitou concorrer por merecimento e chegou ao TRF1 com 46 anos, por antiguidade. No Tribunal, ele foi a voz da sensatez e do bom senso. Foi indicado e aclamado pelo STJ para ser conselheiro do Conselho Nacional de Justiça, sem concorrer às eleições”, lembrou o ministro.


A homenagem foi aprovada pelo Conselho de Administração do TRF1, por unanimidade, durante sessão realizada no dia 15 de outubro. A cerimônia ocorreu no Anexo IV da Seção Judiciária do Maranhão, em São Luís/MA.


No encerramento, houve o descerramento da placa alusiva ao homenageado, nomeando a sala de sessões como “Sala de Sessões Juiz Federal Leomar Amorim”.

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região

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