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Arte para as  MULHERES

Durante o mês de março, espaço cultural do TRF1 recebeu exposições de telas e peças em capim dourado em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Durante o mês de março, o Espaço Cultural Desembargador Federal Murat Valadares do TRF1 recebeu duas exposições de arte que homenagearam as mulheres. A primeira mostra expôs joias e acessórios confeccionados em capim dourado, uma riqueza brasileira produzida no Tocantins. A segunda exposição do mês exibiu telas que retrataram a beleza feminina e da natureza. Confira.

 

PARA ELAS, O OURO DO JALAPÃO

Reluzente como ouro, à primeira vista, quem passou pelas “biojoias”, bolsas e adereços expostos sob a luz do Espaço Cultural Desembargador Federal Murat Valadares não imagina do que são feitas as obras de arte até se deparar com o cartão de visita da Nobre Capim.

A microempreendedora e artesã Adriana Xavier é quem toca a marca e faz a montagem das peças utilizando o capim dourado como principal matéria-prima.

Adriana conta que tudo começou há nove anos, quando ela se mudou para Brasília/DF e, em razão de problemas de saúde, teve de começar a fazer terapia, encontrando no capim dourado uma solução. “Eu ia até a Feira da Torre de TV, comprava as peças feitas de capim dourado, desmontava-as e as montava novamente”, relembra.

Com o passar do tempo, a artesã descobriu uma oportunidade de negócio a partir de sua terapia. Em visita ao Tocantins, ela conheceu comunidades e aldeias que trabalham com o capim dourado, aprendeu a manusear e a trançar o fio alimentando uma visão de crescimento: “o turismo pede alta produção, então nem sempre as peças têm um acabamento refinado, e eu queria algo diferente para mim”.

Mas trabalhar com o capim dourado não é tão simples quanto parece. O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), com o objetivo de evitar a extinção do recurso natural, estabeleceu a época permitida de colheita do capim, que vai de 20 de setembro a 30 de novembro, desde que as hastes estejam completamente secas ou maduras. Além disso, a coleta só pode ser feita por pessoas associadas que estejam credenciadas, entidades comunitárias de artesãos e extrativistas credenciados residentes no Tocantins.

Pensando nisso, Adriana uniu o desejo de um acabamento diferenciado com a sustentabilidade. “Com o nosso crescimento, eu percebi que em vez de perder tempo enrolando o capim, eu ganharia apostando na mão de obra local”, explica. Dessa forma, a parte da equipe residente em Tocantins fica responsável pelo manuseio do capim dourado, desde a colheita até o enrolar dos palitos e costurar as mandalas, e a linha de montagem das peças é feita em Brasília.

A exposição da Nobre Capim no TRF 1ª Região ocorreu de 7 a 9 de março, no período de comemoração ao Dia Internacional da Mulher, como forma de homenagear todas as mulheres da Justiça Federal. Adriana se diz lisonjeada com o convite: “é um trabalho pequeno, destinado principalmente à dona de casa, que foi como eu comecei. Ter este reconhecimento é gratificante”. A artesã ressalta que a exposição superou todas as suas expectativas, tanto no campo financeiro quanto no retorno que teve das clientes: “veio no momento certo”, ouviu de uma delas.

Contato com a artesã: pelo telefone 61 98142-3617 e pelo e-mail nobrecapim@gmail.com.

 

 

MULHERES E FLORESTAS

 

 

 

 

O Espaço Cultural do Tribunal Regional Federal da 1ª Região recebeu, no período de 12 a 27 de março, a exposição “Mulheres e Florestas”, da artista Angélica Bittencourt. O tema da mostra visou homenagear as mulheres e as florestas que, segundo a expositora, “são duas das mais belas e expressivas criações da nossa mãe natureza”.

Maria Angélica Bittencourt Barreiros é escritora e artista plástica. Ela é natural da cidade de Araguari, Minas Gerais. Seu primeiro contato com arte aconteceu ainda criança, quando desenhava e pintava com a mãe e no ateliê de sua tia. Durante sua jornada, completou o segundo grau em São Paulo, onde frequentou o Curso Clássico (fazia parte do Colegial na década de 60, com ênfase para Ciências Humanas e área de Letras), o Conservatório de Piano e Canto Lírico, curso de dança de Balé e a Escola de Belas Artes. Graduou-se em Filosofia e Pedagogia pela Universidade de Uberaba/MG e foi aprovada em concurso público para o cargo de professora na Fundação Educacional do Governo do Distrito Federal.

Ao casar-se em 1966, Angélica, com seu marido, aprimorou a pintura de paisagens, época em que aperfeiçoou seu gosto pela cultura ao visitar ateliês de pintores renomados, galerias de arte, teatros e museus de cidades americanas e canadenses. Em 2000, após inúmeros cursos e participações no mundo da arte, ela inaugurou em sua casa, no Lago Sul, Brasília/DF, o Recanto Cultural Angélica Bittencourt, espaço aberto para convidados com salões para exposições e encontros culturais além de oficinas de pintura, escultura e cerâmica. A artesã escreveu O Livro de Pandora e alguns contos, todos publicados mediante concursos literários.

A artista, que já expôs no TRF1, utilizou em suas peças da exposição “Mulheres e Florestas” uma técnica mista de pintura acrílica sobre pintura digital em seda e fez uso em outras obras de técnicas de óleo sobre tela, de acrílico sobra tela e de encáustica sobre madeira. O texto que acompanha o Certificado de Excelência que lhe fora conferido por júri internacional, em 2009 na cidade de Nova York, descreve a artista plástica com os dizeres: “em seu estilo único de Impressionismo Contemporâneo, Angélica Bittencourt evoca imagens místicas da natureza na sua forma mais bela. Profundamente enraizadas no seu intenso amor pela natureza, as pinturas de Bittencourt são derivadas de sua imaginação, dando vida às cenas que a artista descreve como entrincheiradas em seu subconsciente”.

Em seu vasto currículo, Angélica possui diversos certificados como o de Habilitação Profissional da Secretaria de Cultura do Distrito Federal (2001), 32 troféus e 17 medalhas de ouro conquistadas em exposições individuais pelo Brasil, entre elas a Exposição Nacional da União Nacional de Artistas Plásticos (UNAP), realizada no Centro Cultural da Marinha em 2007. Em suas próprias palavras, ela define seu trabalho deste modo: “Minha arte é panteísta. Nasceu do meu amor pela natureza e do desejo de materializar impressões que ficaram gravadas na memória. Momentos de plenitude vividos em harmonia com árvores, pássaros, flores, terra, água, ar e raios de sol. Lembranças que a pintura transforma em florestas encantadas e jardins luminosos. Sou fruto de árvore antiga da bela Araguari. Originária do Mediterrâneo.

 

Descendente de imigrantes franceses, italianos e portugueses que espalharam suas sementes pelo Triângulo Mineiro, em meados do século XIX. Situada entre os rios Araguari e Paranaíba, essa magnífica região do Brasil é formada por florestas encantadoras que se debruçam sobre inúmeros riachos e cachoeirinhas. Céu de anil, raios dourados de sol atravessam copas primorosas de árvores esguias e tocam o solo vicejante. Paisagem serena, gotas de orvalho… e meu quadro está pronto!”.

Contatos da artista:

Tel: (61) 3248-1043 / 3248-7760

E-mail: Angelibittenc@gmail.com

Larissa Rocha/TS | Ed. 86 Mar 2018
Guilherme Corrêa/TS | Ed. 86 Mar 2018
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