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Energia limpa e renovável
Justiça Federal em Mato Grosso inaugura Usina Fotovoltaica com foco na economia e na sustentabilidade
Silvania Rodrigues e Larissa Santos, com informações da Secos/MT
Novembro 2021
| Ed.
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Escassez de chuvas, crise hidroenergética e aumento das tarifas de fornecimento de energia elétrica são alguns dos fatores que têm estimulado cada vez mais a busca pelo uso de fontes de energia renováveis.
Uma dessas fontes é o sol, capaz de proporcionar energia limpa por meio de usinas fotovoltaicas. Essas usinas produzem energia elétrica a partir do calor, com as instalações de painéis solares para a captação da luz por meio de placas utilizadas em residências, empresas e até mesmo em propriedades rurais.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), somente em 2021, o País ultrapassou a marca histórica de 12 GW de potência operacional com usinas fotovoltaicas, incluindo as de grande porte e os sistemas de pequenos e médios portes instalados em telhados, fachadas e terrenos. E a tendência para os próximos anos é de expansão.
Segundo dados da Absolar, esse crescimento nas instalações de usinas fotovoltaicas evitou, desde 2012, a produção de 13,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), um dos principais causadores do efeito estufa e contribuintes para o aquecimento global.
Além disso, o setor já gerou mais de 365 mil postos de trabalho desde 2012 e vem contribuindo com a arrecadação de tributos e o crescimento dos investimentos privados, que somam mais de R$ 62,2 bilhões.
Ganha o meio ambiente e a sociedade
As instalações de Usinas Fotovoltaicas para a produção de energias limpa ajudam na redução do uso de água para a geração de energia elétrica e isso contribui para a preservação dos reservatórios hídricos de abastecimento humano, principalmente na agricultura e nas atividades produtivas.
Levando em conta os benefícios para o meio ambiente e a economia trazida pela geração de energia solar, a Justiça Federal em Mato Grosso investiu na energia renovável com a instalação de usina fotovoltaica na Subseção Judiciária de Cáceres/MT.
A iniciativa segue a tendência de preocupação com a economia de recursos e a preservação do meio ambiente no estado de Mato Grosso – que, segundo a Absolar, ocupa o 4º lugar no ranking de estados brasileiros na geração de energia solar, com 594,8 MW de potência instalada – e na Justiça Federal da 1ª Região, que segue incentivando e investindo na instalação de usinas fotovoltaicas.
A usina de Cáceres conta com 256 módulos de 410w, que foram implantados no telhado do prédio, com uma área de cobertura de 512 m², e uma potência de 104,96 Kwp. A média de geração mensal de energia é de 12.755 Kwh.
O consumo na Subseccional, antes da implantação da usina, era de, em média, 9.831 Kwh, com um valor aproximado de R$ 9.254,42 nas faturas. Após o funcionamento das placas, a média de consumo na fatura é de 0 Kwh, ou seja, zero consumo, mas a média das faturas é no valor de R$ 2.550,97, devido ao pagamento das taxas mínimas obrigatórias. Houve redução de 72,43% dos pagamentos das faturas mensais.
A usina de Cáceres atualmente é capaz de gerar toda a energia necessária para o prédio e de enviar, em conjunto com as subseções de Rondonópolis/MT e Sinop/MT, toda a energia excedente para os prédios da Justiça Federal em Barra do Garças/MT, Diamantino/MT e Juína/MT.
Inauguração
No dia 17 de novembro, ocorreu a cerimônia de inauguração da Usina Fotovoltaica da Subseção Judiciária de Cáceres/MT. O evento contou com a presença do presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), desembargador federal I’talo Fioravanti Sabo Mendes, que, na oportunidade, destacou a importância de se buscar alternativas que sejam voltadas ao meio ambiente e afirmou que o município de Cáceres deve receber a usina com muito orgulho. O magistrado reforçou que a iniciativa é uma forma de incentivar que outras empresas e instituições também invistam na utilização de energia renovável.
Também estiveram presentes na cerimônia a diretora do Foro da SJMT, juíza federal Vanessa Curti Perenha Gasques e a juíza federal titular da 2ª Vara de Cáceres/MT Ana Lya Ferraz da Gama Ferreira.
Ana Lya Ferraz destacou os benefícios do uso dessa modalidade de energia: “O impacto da energia solar na vida humana e no ambiente é muito menor e é uma forma de energia que não se esgota. É por isso que ela é classificada como uma energia limpa e renovável. A cidade de Cáceres tem uma temperatura extremamente elevada, o que reclama alto consumo de energia no ambiente de trabalho”.
A magistrada salientou que a adesão à energia solar é uma atitude que coloca a Justiça Federal como adepta a ações sustentáveis que contribuem para a preservação ambiental.
“Demos um grande passo por parte da Justiça Federal. Com isso, demonstramos resultados e ações condizentes com o que tanto defendemos. A coerência entre o que o Judiciário exprime e implementa é um dos mais importantes passos no resgate da credibilidade do direito e, consequentemente, do Poder Judiciário”, pontuou a juíza federal.