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Conhecimento compartilhado 

Justiça Federal em Mato Grosso capacita usuários de PJe e cria comunidade para compartilhamento de informações sobre o sistema

Larissa Santos 

Fevereiro 2022

 |   Ed.

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Conhecimento compartilhado 

No dia 1º de dezembro de 2014, a Justiça Federal da 1ª Região dava um grande passo rumo à modernização: a implementação do Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) e na Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF).


A criação do sistema foi iniciada em 2009, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e continuada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), que começou a utilizá-lo ainda em 2010, na Seção Judiciária do Rio Grande do Norte.


Desde então, o PJe se espalhou pelas Cortes brasileiras e se mostrou, cada vez mais, uma ferramenta que veio para contribuir com a celeridade processual, com a segurança e a transparência na tramitação de autos e com a facilidade de acesso e de acompanhamento de processos pelas partes e seus representantes.


O sucesso se mostrou tão expressivo que o sistema foi se expandindo – alcançando até mesmo o interior do Brasil – e sendo aperfeiçoado de acordo com as necessidades daqueles que passaram a utilizá-lo e trocaram, aos poucos, autos físicos por processos virtuais.


PJe em Mato Grosso

O sistema chegou na Seção Judiciária de Mato Grosso (SJMT) em abril de 2016. O estado foi o décimo da 1ª Região a implementar o PJe, depois do DF, de Goiás, do Tocantins, de Roraima, do Maranhão, do Acre, de Rondônia, do Amapá e do Amazonas.


E, como toda novidade, o recém-implementado Processo Judicial Eletrônico causou dúvidas entre os usuários. Qual seria a melhor forma de atuar frente ao novo sistema? Para sanar essa demanda, a Justiça Federal em Mato Grosso lançou, no mesmo ano, o “Manual PJe”.


Com 14 páginas, o documento explica, de forma sucinta e exemplificada, as principais rotinas para as Secretarias de Vara – tais como utilização das caixas de tramitação e dos agrupadores; conferência de autuação e juntada de informações – bem como traz dicas úteis sobre a utilização do sistema.


Os anos se passaram e o PJe foi expandido para todas as unidades judiciárias da SJMT. Diante da crescente demanda e do avanço da tecnologia – com as atualizações do PJe e a migração de processos físicos para a plataforma –, a Justiça Federal em Mato Grosso realizou uma pesquisa com os usuários do sistema e entendeu a necessidade de aperfeiçoar o Manual.


Assim, em razão da necessidade de capacitar os servidores para utilizarem o sistema de forma eficaz e entenderem o fluxo referente a execuções, o “Manual PJe” se tornou “PJe Workshops”, ministrados pela então servidora Lígia Maciel Moura – supervisora da Seção de Modernização Administrativa (Semad) da SJMT à época.


A ação de treinamento ocorreu em novembro de 2020, com cinco dias de workshops temáticos e cerca de 2 horas de duração cada um, transmitido por meio do Teams.


A intenção foi de reformular o modelo tradicional dos cursos do PJe – que são focados em ensinar, na prática, a totalidade das rotinas do sistema –, de modo a dar uma perspectiva global da ferramenta. O objetivo principal foi atender a demanda do usuário iniciante no sistema.


Com a participação média de 50 servidores por dia, a capacitação contou com palestras sobre: módulo geral do PJe; distribuição e caixa de triagem; minutas e audiências; expedição e controle de petições e, por fim, impulsionamento.


PJe Comunidade

Para garantir que o conteúdo do “PJe Workshops” contribuísse com mais pessoas além dos participantes da capacitação, bem como possibilitar o compartilhamento de informações, a SJMT lançou a “PJe Comunidade”.


A ideia é centralizar, de forma didática, toda documentação e orientação disponível sobre PJe de forma concatenada ao usuário final, mostrando-se mais eficaz do que o manual em PDF, criado em 2016, por ser mais dinâmica e possibilitar interação e evolução em tempo real.


Criada na plataforma Microsoft Teams, a Comunidade permite que os participantes troquem informações e experiências em graus diferentes de expertise.


Para a gestora do projeto, Lígia Maciel, o diferencial da PJe Comunidade “é a estruturação do conteúdo: cada rotina virou um canal. Os usuários podem ler e deixar suas dúvidas no canal Geral, onde são respondidos por moderadores com o link de acesso ao conteúdo, que é atualizado à medida que o sistema recebe novas versões”.


Segundo Lígia, a Comunidade demonstra a versatilidade do Teams, pois, mais do que um sistema de chats, a ferramenta permite a estruturação do conhecimento e o compartilhamento de informações de maneira simples e em tempo real.


O grupo, atualmente, conta com quase 300 membros, que dividem dúvidas e questionamentos e compartilham dicas e experiências em tempo real, de maneira a aprimorarem a utilização do PJe e aproveitarem todos os recursos que a ferramenta tem a oferecer.

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