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Espaço para inovar

LabJF1 é inaugurado e abre espaço ao uso da criatividade como ferramenta para explorar novas ideias, novas metodologias e novas formas de pensar

Leonardo Costa  | Ed. 130 abril 2022

A burocracia tradicional e os procedimentos de trabalho implementados há décadas estão perdendo espaço no mundo moderno. Isso porque novos estudos e o avanço da tecnologia têm revolucionado o mercado e as formas de produtividade, inclusive no serviço público. 

Diante da necessidade de otimização dos processos de trabalho, surgiu a busca pela inovação, ou seja, por novos caminhos. No setor púbico, isso significa introduzir novos elementos na intenção de aprimorar práticas anteriores e, assim, solucionar problemas e desafios coletivos, dos mais simples aos mais complexos.  

Já que a tecnologia caminha junto à essa evolução, nada mais vantajoso do que unir a praticidade das ferramentas tecnológicas à criatividade do cérebro humano.  

Nesse contexto, surgem os laboratórios de inovação, onde ideias são trocadas, conhecimentos são compartilhados e projetos inovadores são desenvolvidos. São lugares em que tecnologia, colaboração e criatividade viram bases fundamentais das ações desenvolvidas no âmbito de universidades, órgãos da Administração Pública, empresas e entes de todos os segmentos, sejam públicos ou privados. 

Inovação na JF1

Laboratórios de Inovação são uma tendência no Judiciário que começou com a instituição do Laboratório de Inovação, Inteligência e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (LIODS) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Portaria CNJ 119/2019

Seguindo o mesmo caminho, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) criou, no dia 31 de março, o Laboratório de Inovação da Justiça Federal da 1ª Região (LabJF1), por meio da Portaria Presi 130/2022. A iniciativa nasceu com a finalidade de servir como uma incubadora de soluções, com o objetivo de catalisar o processo de inovação na Justiça Federal da 1ª Região e aprimorar a prestação de serviços judiciais. 

Com foco no uso intensivo de tecnologias para promover soluções inovadoras no tratamento das demandas judiciais, o LabJF1 utiliza a criatividade como ferramenta para explorar novas ideias e metodologias que permitirão a realização de estudos, pesquisas, projetos e programas que favorecem a resolução de questões complexas. 

“O Laboratório de Inovação para mim é, acima de tudo, o rompimento de barreiras, um rompimento de paradigmas. (...) A intenção minha – e espero que se perpetue no tempo – é de que, agora em diante, todos os servidores que forem empossados neste Tribunal tenham um breve período de estágio no Laboratório de Inovação, para que eles possam trazer de fora novas ideias que vão construir o Tribunal. É assim que se monta uma instituição”, vislumbrou o presidente do TRF1 à época da inauguração do Laboratório, desembargador federal I’talo Fioravanti Sabo Mendes. 

Colaboração é a palavra-chave do LabJF1. A ideia é montar um Tribunal de todos, unindo ideias e somando esforços daqueles que fazem a prestação jurisdicional acontecer. 

“Ninguém faz nada sozinho. Todos fazemos de braços dados em prol de um bem maior. É assim que se constroem sonhos, e o Laboratório de Inovação é um sonho que se concretiza”, afirmou o desembargador federal. 

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Espaço multiuso da biblioteca do Tribunal destinado ao LabJF1. 

Inauguração

Localizado no Espaço Multiuso da Divisão de Gestão da Informação, Jurisprudência e Biblioteca (Digib), no Edifício-Sede I do TRF1, o Laboratório conta com um espaço propício para o surgimento de ideias. Pufs coloridos, mesas que permitem reunião de grupos e todo o aparato tecnológico necessário para que soluções sejam desenvolvidas. 

A solenidade de inauguração do LabJF1 ocorreu no dia 6 de abril, na sede do TRF1, em Brasília/DF. Na ocasião, o então presidente do TRF1 desejou “que essa obra viva e exploda de ideias, de sonhos, de teorias, porque a partir daí é que vamos construir uma realidade muito melhor do que aquela que nós vivemos hoje”. 

O então presidente do Tribunal, desembargador federal I’talo Fioravanti Sabo Mendes assina

O então presidente do Tribunal, desembargador federal I’talo Fioravanti Sabo Mendes assinando a ata de inauguração do LabJF1.

O LabJF1 será coordenado pelo juiz federal Cleberson José Rocha, em auxílio à Corregedoria Regional (Coger), que considerou a inauguração como um evento histórico para o Tribunal, além de uma conquista histórica para a Justiça Federal da 1ª Região.  

Cleberson destacou o papel da inovação para o serviço público, com aplicação de técnicas e práticas disruptivas, ou seja, que geram ruptura com padrões, modelos ou tecnologias já estabelecidos no mercado: “Todas as práticas são revolucionárias e, no serviço público, elas ganham uma dimensão estratégica e mais eficiente. A inovação vem atender e permitir que o serviço público ganhe um salto de eficiência por meio dessas práticas disruptivas”. 

Para o membro do LabJF1 e coordenador do Núcleo de Gestão de Precedentes e Ações Coletivas (NugepNac), juiz federal Roberto Veloso, o local escolhido para abrigar o laboratório não poderia ser melhor, afinal, a Biblioteca “é um local onde as ideias devem fluir para a solução dos problemas e onde nós devemos discutir, aprimorar e aplicar as ideias”. 

Veloso acredita que o trabalho que será realizado no Laboratório de Inovação do TRF1, refletirá na sociedade. “Nós melhoraremos a prestação jurisdicional com a melhoria dos serviços advindas das ideias aqui discutidas”, ressaltou o magistrado. 

Marcando a inauguração do espaço, o desembargador federal I’talo Fioravanti Sabo Mendes e os juízes federais Cleberson Rocha e Roberto Veloso descerraram a placa inaugural com a identificação do LabJF1. 

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Desembargador federal I’talo Mendes (dir.) e os juízes federais Cleberson José Rocha (centro) e Roberto Carvalho Veloso (esq.) no descerramento da placa inaugural.

Membros do LabJF1 

À frente do LabJF1, como coordenador, está o juiz federal Cleberson José Rocha. Unindo esforços, também compõem o Laboratório os seguintes consultores fixos: o integrante do Comitê Gestor Regional de Atenção Prioritária ao 1º Grau de Jurisdição, juiz federal Bruno César Bandeira Apolinário; o coordenador do NugepNac, juiz federal Roberto Cardoso Veloso; o diretor da Divisão de Informações Negociais e Estatística (Diest), Gustavo Stênio Silva e Sousa; o assessor da Secretaria de Planejamento Orçamentário (Secor), Fábio João Gaudine Costa; a supervisora da Seção de Retenção do Conhecimento (Seret), Marta Niemeyer Borges de Andrade; o diretor da Coordenadoria de Sistemas da Informação (Cosis), Marcos Barbosa Andrade; o diretor da Coordenadoria de Infraestrutura Tecnológica (Coint), Bento Gomes Barbosa Júnior; o diretor do NugepNac, Ricardo Teixeira Marrara; o chefe da Assessoria de Projetos de Suporte e Fomento à Atividade Judicial (Asfaj), Sérgio Faria Lemos da Fonseca Neto, e a diretora do Núcleo de Informação e Biblioteca (Nuibi), Verônica Bicudo de Castro Azambuja. 

Trabalho conjunto

Os laboratórios de inovação alinham-se ao planejamento estratégico dos órgãos da administração judiciária e atuam com vistas a produzir benefícios concretos, melhorias reais na qualidade da prestação jurisdicional. 

Na Primeira Região, o Laboratório incentivará estudos, pesquisas e desenvolvimento de projetos inovadores e terá por base a busca contínua de conhecimentos em prol da inovação melhorando e desburocratizando os serviços e processos de trabalho. Para isso, o LabJF1 funcionará de maneira colaborativa com a Rede de Inteligência da 1ª Região (Reint1) e contará com apoio e suporte técnico da Assessoria de Projetos de Suporte e Fomento à Atividade Judicial (Asfaj).  

Entre as competências do LabJF1 estão: impulsionar a difusão da cultura da inovação na 1ª Região com a modernização de métodos e técnicas de desenvolvimento do serviço judiciário; fomentar o desenvolvimento de iniciativas inovadoras que criem uma forma de atuação e gerem valor para a Justiça Federal da 1ª Região e propiciar à Administração do TRF1 a apresentação de solução de problemas complexos com uso de métodos e técnicas colaborativas e ágeis. 

Nas iniciativas desenvolvidas, o LabJF1 poderá contar com colaboradores, internos e externos, públicos e privados, que se disponham a melhorar as soluções por ele desenvolvidas, bem como estabelecer intercâmbio de conhecimentos com outros Laboratórios de Inovação, empresas, universidades, institutos de ciência e tecnologia e startups, entre outros. 

 

Além disso, poderá manter interlocução e colaboração direta com a Secretaria do Tribunal, que prestará o suporte logístico e os recursos necessários às iniciativas aprovadas pela Administração, propor a celebração de convênios e acordos de cooperação e colaborar em projetos inovadores da área tecnológica desenvolvidos e mantidos por terceiros, desde que sejam de interesse da Justiça Federal da 1ª Região. 

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